A Polaris, em um movimento estratégico, anunciou a alienação da maioria das ações da **Indian Motorcycle** para o fundo de *private equity* **Carolwood LP**. A transação marca o encerramento de uma jornada que se iniciou em **2011**, quando a Polaris adquiriu a lendária marca. A nova gestão será conduzida por **Mike Kennedy**, um executivo com experiência na Harley-Davidson, e manterá as operações essenciais nos Estados Unidos (Iowa e Minnesota) e na Suíça. A conclusão oficial do negócio está prevista para o início de **2026**, conforme comunicado da Polaris.

Polaris Transfere o Controle da Indian Motorcycle: Entenda a Reconfiguração do Mercado

A **Polaris** formalizou a **venda de sua participação majoritária** na Indian Motorcycle para a **Carolwood LP**. O acordo será finalizado no **primeiro trimestre de 2026**, provocando uma significativa reconfiguração no panorama do motociclismo norte-americano.

Com a mudança, a Indian operará com total autonomia. A Polaris, por sua vez, reterá uma **participação minoritária** e direcionará seus recursos e esforços para seus segmentos de maior lucratividade, como veículos *off-road* e o *roadster* Slingshot.

Por que a Polaris Optou por Vender a Indian?

Nos **12 meses** que antecederam junho de **2025**, a Indian Motorcycle gerou cerca de **US$ 478 milhões** em receita, o que representava **7%** do faturamento global da Polaris.

A companhia afirma que a venda projetará um aumento anual de **US$ 50 milhões** no **EBITDA ajustado** e um crescimento de aproximadamente **US$ 1,00** no lucro por ação. A justificativa primordial vai além dos números: a estratégia visa **otimizar investimentos** em áreas com maior margem de retorno e previsibilidade de mercado.

“Essa separação permitirá que ambas as marcas avancem com maior rapidez, concentrando-se em seus respectivos pontos fortes”, declarou **Mike Speetzen**, CEO da Polaris.

O Fundo Carolwood LP e o Futuro da Indian Motorcycle

O fundo comprador, **Carolwood LP**, possui experiência na expansão e reestruturação de negócios. A nova Indian Motorcycle terá como líder **Mike Kennedy**, um executivo renomado que já atuou em companhias como Harley-Davidson, Vance & Hines e RumbleOn.

A estrutura corporativa da Indian será mantida. Cerca de **900 funcionários** serão transferidos, e as operações seguirão nos principais locais: **Spirit Lake (Iowa)**, **Monticello (Minnesota)** e o centro de pesquisa e tecnologia em **Burgdorf (Suíça)**.

“A Indian continuará a ser um ícone de **desempenho e orgulho americano**”, garantiu **Andrew Shanfeld**, sócio da Carolwood.

Da Fundação ao Renascimento: A Trajetória da Indian

Fundada em **1901**, a Indian Motorcycle detém o título de **primeira fabricante americana de motocicletas**. Após um período de instabilidade, a aquisição pela Polaris em **2011** deu início a uma era de prosperidade e reconstrução da marca.

Modelos icônicos como **Chief**, **Scout**, **FTR 1200**, **Pursuit**, **Chieftain e Roadmaster** impulsionaram essa nova fase, unindo herança e tecnologia de ponta. Apesar da ótima aceitação, os altos custos operacionais e margens de lucro mais reduzidas foram fatores decisivos para a concretização da venda.

E no Brasil: Qual o Impacto para o Mercado Local?

Em relação ao Brasil, a Polaris continuará focada exclusivamente nos **veículos off-road**, como UTVs e quadriciclos, por meio da subsidiária **Polaris do Brasil**.

A importação das motos Indian está suspensa desde **2018**, mas a empresa garante a manutenção da infraestrutura de **peças, pós-venda e garantia** para todos os clientes já estabelecidos no país.

Perspectivas Futuras para a Indian e a Polaris

A Indian Motorcycle começa uma nova trajetória como entidade independente, o que lhe proporcionará maior flexibilidade para **inovar, expandir mercados e explorar inovações**, incluindo o potencial da eletrificação.

Já a Polaris, com a transação, solidifica sua posição de liderança em **veículos off-road**, retornando à sua vocação principal com uma eficiência operacional superior.

O desafio a ser superado por ambas as marcas será preservar suas identidades históricas, ao mesmo tempo em que traçam rotas inovadoras em um mercado global cada vez mais competitivo.

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